sexta-feira, 9 de dezembro de 2011


AAE NO III TORNEIO INTERNACIONAL PRINCIPADO DAS ASTÚRIAS – ESPANHA

GABRIELA PEREIRA VENCEU SINGULARES E PARES MISTOS
RITA AMARAL FEZ GRANDE RESULTADO FRENTE A CAMPEÃ ESPANHOLA
GUILHERME PEREIRA EM 3º NOS SINGULARES HOMENS

A primeira participação de atletas da AAE em provas internacionais na presente época ocorreu nos passados dias 5 e 6 de Dezembro, no III Torneio Internacional Principado das Asturias, em Gijon, Espanha, no qual estiveram presentes a sub 15 Gabriela Pereira e os sub 17 Rita Amaral e Guilherme Pereira.
Aproveitando a deslocação, os atletas participaram ainda num “Training Camp”, o qual teve lugar antes e depois do torneio, no Centro de Tecnificacion de Badminton del Principado de Astúrias, em Oviedo, sob a direcção do seu principal responsável técnico, Fran Dacal.
A comitiva da Académica, acompanhada pelos atletas e amigos portugueses Rita Santos, Bruno Carvalho e João Marques, ficaram instalados na Residência Juvenil onde residem os atletas espanhóis e estrangeiros que treinam no Centro, em plena cidade universitária de Oviedo. Para participar nos treinos bi-diários bastava-lhes como que sair por uma porta e entrar na porta em frente, que dava entrada para o complexo desportivo onde se encontra o pavilhão. Aí tiveram também acesso a 4 piscinas cobertas aquecidas, ginásio, campos de ténis, paddle, basquetebol, futebol, etc.. Trata-se, sem dúvida, dum prático e valioso complexo desportivo, que sem aparência ou requintes luxuosos, tem uma utilidade enorme, com uma visível utilização intensa.
Nos treinos participaram, além de atletas de outras zonas de Espanha e de um atleta sub 15 proveniente de Israel, os jovens jogadores que desenvolvem a sua actividade no Centro das Astúrias, sendo que vários deles são componentes das selecções espanholas mais jovens. Referimos, apenas, alguns nomes: Maria Vijande, Alberto Zapico, Enrique Peñalver, Daniel Alvarez, Javier Suarez, Ana Amador, que recentemente estiveram em Portugal, no Europeu de Sub 17 e nos Internacionais de Sub 19 (onde venceram e brilharam em várias provas). Estiveram também dois atletas chineses, os quais desde há vários anos se encontram ali a viver e a jogar badminton.
Foi um privilégio enorme poder treinar com aqueles atletas, sendo reconhecido que muitos dos melhores jovens atletas espanhóis estavam ali concentrados e que os mesmos treinam com grande intensidade e qualidade. Os nossos atletas retiraram da experiência que tiveram, ao nível do treino, com toda a certeza, valiosos ensinamentos.
Quanto ao torneio, começamos por dizer que o grande destaque foi uma derrota e o 2º lugar da Rita Amaral na prova de singulares de sub 17.
No jogo com a campeã espanhola Sub 17 Maria Vijande (que foi 2ª nos Internacionais de Portugal de Sub 19), a atleta da AAE obrigou a adversária a um 3º set, onde perdeu por 22/20, graças a dois clamorosos e muito grosseiros erros de arbitragem, que a prejudicaram quando vencia por 19/18 e aos 20/20. A jovem espanhola é uma verdadeira estrela em terras asturianas. Quando entrou no pavilhão no 1º dia da competição foi efusivamente saudada por muitos dos presentes, em função dos resultados alcançados dias antes em terras portuguesas e o árbitro do encontro é seu colega no Centro de Treinos de Oviedo. Se a Ritinha ganhasse seria um grande escândalo para os espanhóis, mas, mesmo assim, para nós ficou a confirmação de que a Rita Amaral é uma grande jogadora, em visível e fácil subida de forma, depois de ter passado muito tempo a treinar de forma deficiente. Sabemos que a moral ficou bem alta e que a Ritinha não vai parar mais.

A Gabriela Pereira, em Sub 15, obteve vitórias nas duas provas em que participou, ou seja, em Singulares e Pares Mistos (com o israelita Yonathan Levit), e o Guilherme Pereira, em Sub 17, conseguiu a qualificação para as ½ finais de Singulares.
Na prova de Pares Mistos Sub 17 a Rita Amaral e o Guilherme Pereira tiveram oportunidade de defrontar e foram derrotados por duas duplas espanholas de grande qualidade, constituídas por atletas que já só se dedicam às variantes de pares e, num caso, apenas à variante de Pares Mistos. Vendo aqueles e outros jogadores a jogar pares, ficamos com uma (triste) certeza, a de que a nível de selecções Portugal não ganhará a Espanha nas próximas décadas, pura e simplesmente porque em Portugal não se ensinam os jovens a jogar pares e, portanto, nos jogos de equipas, raramente haverá hipóteses de obter resultados positivos.
Para além da vertente da participação desportiva, foram efectuados contactos com técnicos e dirigentes espanhóis, a fim de se poderem desenvolver vários intercâmbios com quem trabalha tão bem e de forma tão profissional no badminton e para garantir a presença futura de atletas da AAE em competições a realizar em Espanha.

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